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Conheça a trajetória de Osmar Pereira Bastos, médico-veterinário e jornalista com 40 anos dedicados ao Jornalismo voltado ao agronegócio.
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Osmar Pereira Bastos é médico-veterinário e jornalista com 40 anos dedicados ao Jornalismo voltado ao agronegócio, contribuindo para o conhecimento de médicos-veterinários e zootecnistas.

Osmar Bastos tem Título de Cidadão Sul-mato-grossense, foi presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Mato Grosso do Sul (CRMV-MS) e professor universitário. Ao longo de quatro décadas, foi o criador, produtor e editor de diversos programas de TV com conteúdos dedicados ao agronegócio brasileiro.

A trajetória dele é marcada pela união das profissões de médico-veterinário e de jornalista. Por 35 anos, Osmar se dedicou à docência na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), ajudando na formação de diversos profissionais na área. Iniciou no jornalismo em 1984, na TV Morena e não parou mais. Com o tempo, Osmar se tornou referência em Mato Grosso do Sul, contribuindo para a conscientização e informação sobre o agronegócio brasileiro.

O profissional destaca que seu sucesso no Jornalismo ocorreu devido à formação de médico-veterinário. Em entrevista à Revista CFMV, ele inspira os profissionais a atuarem com paixão e dedicação, ressaltando que o êxito virá como consequência de um trabalho bem feito.

Revista CFMV: Dr. Osmar, você pode nos contar como começou sua trajetória tanto na Medicina Veterinária quanto no Jornalismo?

Osmar Bastos: Sou filho de médico-veterinário e isso certamente influenciou na minha decisão em seguir a profissão. Meu pai se formou em 1945 pela Universidade de São Paulo – USP e me graduei em 1976. Eu comecei e encarei a minha carreira na docência do ensino superior e tive o prazer de formar centenas de médicos-veterinários e zootecnistas nos 35 anos em que lecionei na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O jornalismo veio só em 1984, quando iniciei na TV Morena, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul.

Como surgiu a vontade de atuar com Jornalismo voltado ao agronegócio?

Tive uma breve passagem pelo serviço de defesa sanitária animal do governo de Mato Grosso do Sul, onde criamos um laboratório de diagnóstico para raiva animal com orientação do saudoso mestre Moacyr Rossi Nilson, professor convidado da USP e pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo. Eu o considerava uma sumidade no assunto e a imprensa queria ouvi-lo. Avesso à muita conversa e principalmente aos holofotes, foi nesse momento que eu entrei em cena para traduzir o linguajar acadêmico do professor Nilson para um português mais campeiro. Deu certo e gostei! Na época também, já me incomodava a distância entre os produtores rurais e o pessoal técnico que gerava as informações para o campo. Eu gostava do Globo Rural que estava começando, então regionalizei a ideia e lá se vão 40 anos.

Quando se consegue levar uma informação que seja útil na formação de uma pessoa, seja ela estudante ou produtor rural, todo trabalho é gratificante.


E os feedbacks que o senhor recebe de médicos-veterinários e zootecnistas em relação ao seu trabalho? São bons, né?

Quando se consegue levar uma informação que seja útil na formação de uma pessoa, seja ela estudante ou produtor rural, todo trabalho é gratificante. Encontro com ex-alunos que lembram de determinadas aulas, assim como com produtores rurais e funcionários de fazendas que se recordam das reportagens exibidas e cujos temas, os ajudaram em determinadas áreas em sua lida no campo.

Era “tranquilo” conciliar as duas jornadas?

Quando você conta com gente boa e competente ao seu redor, a coisa flui.

Quais mudanças você observou no agronegócio brasileiro nas últimas décadas, especialmente em relação à atuação dos médicos-veterinários e dos zootecnistas?

Estou graduado há quase 50 anos e muita coisa mudou na produção agropecuária do país. Posso destacar o antes e o depois da criação da Embrapa. Até a década de 60, importávamos quase tudo o que consumíamos no Brasil. Em quatro décadas, passamos a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, liderando mercado como o da carne bovina, de frango, soja, açúcar, celulose, entre outros. A Medicina Veterinária e a Zootecnia estão formando profissionais diferentes daqueles da década de 70, pois estão mais antenados na economia e recebem um suporte tecnológico invejável para os mais antigos.

2 - Copia

O senhor é um profissional respeitado e experiente na sua área. Foi o idealizador e apresentador de vários programas de televisão em Mato Grosso do Sul. Qual é o papel do Jornalismo rural na conscientização e na educação do público?

O Globo Rural foi um marco no Jornalismo segmentado do agro, já que a televisão abrange muita gente ao mesmo tempo e em extensas áreas. Mas isso não tira em hipótese alguma o papel dos extensionistas e da assistência técnica. Médicos-veterinários, agrônomos e zootecnistas que vão nas propriedades rurais “amassar o barro” e ter aquela prosa ao pé do ouvido com os produtores tem muita relevância neste processo de divulgação tecnológica. Lamento que esse processo esteja em declínio.

Qual é a sua principal contribuição para o agro e para a Medicina Veterinária e a Zootecnia?

Não me preocupei muito com a minha formação acadêmica na pós-graduação, mas me empenhei do exercício profissional, filtrei o que entendia ser bom e levei aos alunos da faculdade e aos telespectadores do programa de TV. Hoje, já deixei o ensino universitário há 13 anos, mas continuo produzindo e apresentando programa voltado para o agronegócio.  

 O que lhe motiva unir conhecimentos em Medicina Veterinária e Zootecnia com o Jornalismo? 

Quando sou convidado para falar em público ou em cursos de Jornalismo, faço questão de dizer que meu sucesso no Jornalismo (com reservas à modéstia) sempre se deveu à minha formação de médico-veterinário. 

Quais planos tem em mente para continuar contribuindo com o setor?

Atualmente, estou coordenando e apresentando um programa na TV Educativa que pertence ao governo de Mato Grosso do Sul. Recentemente, foram firmados convênios com a TV Cultura de São Paulo e a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) do Governo Federal, temos o programa “Agroeducativa” que vai ganhar espaço e desta forma levaremos nosso produto a todo território nacional.

Qual recado o senhor deixa aos médicos-veterinários e zootecnistas que atuam no agronegócio?

Façam seus deveres profissionais com vontade, respeito, dedicação, paixão, honestidade e coleguismo. O sucesso virá com certeza, e desta forma a Medicina Veterinária, a Zootecnia e o Brasil, ficarão gratos a vocês!

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